Síndrome pós-aborto

O aborto consiste na interrupção da gravidez, de forma intencional ou não. Esse ato pode ser traumático à mulher, manifestando perturbações emocionais, decorrentes do forte sentimento de culpa e/ou tristeza: a síndrome pós-aborto.

Flashbacks relativos ao ato, pesadelos, reações relativas à data de aniversário do aborto ou data prevista para o nascimento da criança, tendências suicidas, dificuldade em ter contato com crianças, abuso de álcool e outras drogas, dificuldades de concentração e ansiedade são alguns sintomas que podem caracterizá-la.

Por um lado, há médicos que afirmam que o próprio ato de se retirar um feto, de forma não natural, já é um tipo de trauma que pode desencadear, independentemente do histórico psiquiátrico da paciente, distúrbios como síndrome do pânico e depressão. Outros afirmam que a gravidez indesejada em si pode propiciar perturbações, tanto em mãe quanto em filho; e que abortos clandestinos é que deixam sequelas, tanto físicas quanto psicológicas.

Estatisticamente falando, há pesquisas que apontam uma predominância de mulheres que sofreram/sofrem com este tipo de problema; ao passo que outras já revelam, por exemplo, semelhantes níveis de complicações psíquicas, entre indivíduos que se submeteram ao aborto e os que aceitaram a gravidez indesejada. Existem, ainda, profissionais psiquiátricos que afirmam a existência de sequelas psicológicas decorrentes do aborto espontâneo, mas que não se caracterizam como sendo doenças psiquiátricas propriamente ditas.

Assim, podemos ver que esta síndrome, tal como o aborto em si, é bastante discutida, com posições divergentes e polêmicas, de acordo com quem a pontua.

Independentemente destes pontos de vista, o fato é que a prevenção contra uma gravidez indesejada é um procedimento muito mais seguro do que qualquer uma destas duas decisões que foram pontuadas, e que não comprometem a vida de um ser indefeso.

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