Cientistas que colaboraram na história da fotossíntese

Os vegetais são seres autótrofos, ou seja, seres que conseguem produzir seu próprio alimento através de um fenômeno que chamamos de fotossíntese. Para que qualquer vegetal consiga realizar esse processo, ele necessita de luz, gás carbônico e água. Hoje em dia, sabemos que os vegetais são a base da cadeia alimentar e que grande parte dos seres vivos depende desse fenômeno para sobreviver. No entanto, nem sempre foi assim, pois muitos estudiosos acreditavam que os vegetais conseguiam seu alimento diretamente do solo.

Jan Baptist Van Helmont foi um dos primeiros a observar como ocorria a nutrição das plantas. Após colocar uma planta de salgueiro em um vaso de cerâmica e aguá-la constantemente, ele observou que, ao final de cinco anos, a planta havia crescido e se desenvolvido bem e que a quantidade de terra no vaso continuava a mesma. A partir dessa observação, ele concluiu que os vegetais conseguiam produzir todas as substâncias de que necessitavam a partir da água e não do solo como imaginavam.

No ano de 1727, o cientista inglês Stephan Halesdivulgou, após algumas pesquisas, que os vegetais utilizavam o ar para produzir as substâncias de que necessitavam e, em 1772, Joseph Priestley fez uma descoberta muito interessante. Ao colocar uma planta e uma vela dentro de um recipiente, ele observou que a vela não se apagava e que o fato de ela não se apagar estava ligado à presença da planta dentro do mesmo recipiente. Depois desse e de outros experimentos, Priestley verificou que o ar permanecia puro e respirável por causa das plantas e que elas eram capazes de produzir substâncias para purificá-lo.

Em 1796, Jan Ingen-Housz refez os experimentos de Priestley confirmando-o e, a partir de outras pesquisas, concluiu que apenas as partes verdes das plantas eram capazes de “purificar o ar”.

Em 1804, Nicholas de Saussure chegou à conclusão de que a água também tinha importante participação nesse processo de produção de substâncias pelas plantas e demonstrou também que na presença de luz as plantas absorviam gás carbônico e liberavam oxigênio, sendo que no escuro ocorria o inverso.

No ano de 1905, Blackman, pesquisando sobre os efeitos que a concentração de gás carbônico, a luminosidade e a temperatura tinham sobre o processo fotossintético, descobriu que no fenômeno da fotossíntese havia dois tipos de reações, as que ocorriam na presença de luz e as que ocorriam no escuro.

No ano de 1920, Van Niel, um estudante de graduação da Universidade de Stanford, a partir de estudos feitos com bactérias, sugeriu que era a água e não o dióxido de carbono que se degradava gerando o oxigênio na fotossíntese. 

Melvin Calvin, Andrew Benson e seus colaboradores confirmaram as conclusões de Van Niel e a partir de outros experimentos conseguiram identificar qual era o papel do carbono no processo fotossintético, além de elucidarem como os aminoácidos, carboidratos e outros compostos orgânicos eram produzidos no processo fotossintético. Por esse estudo,  Calvin foi premiado, no ano de 1961, com o Prêmio Nobel de Química.

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