Biologia Evolutiva

Desde a Antiguidade a Biologia Evolutiva intriga pesquisadores e a população em geral. O termo evolução tem origem latina e deriva da palavra “evolutio”, que significa desenrolar. A evolução refere-se, portanto, à mudança.

Na Antiguidade, uma ideia era bastante difundida a respeito da origem das espécies: o fixismo. De acordo com essa linha de raciocínio, todos os seres vivos que hoje existem já existiam no passado e teriam sido criados por Deus. Sendo assim, de acordo com esse pensamento, as espécias não sofriam modificações ao longo do tempo e, consequentemente, não ocorria evolução.

Com os avanços dos estudos dos fósseis e das rochas sedimentares, ficou cada vez mais claro que as espécies de hoje não eram as mesmas que existiram há milhões de anos, bem como que muitos seres diferentes existiram no passado e extinguiram-se. Assim sendo, no século XVIII, iniciou-se a disseminação por vários naturalistas, incluindo-se Buffon, da ideia de que os seres sofriam modificações no decorrer do tempo. Entretanto, nenhum desses pesquisadores tentou explicar esse mecanismo evolutivo.

A primeira teoria evolucionista apresentada foi a de Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829). No seu trabalho Philosophye Zoologique (1806), tentou explicar, no sentido da complexidade, como as espécies evoluíam. Esse estudioso lançou mão de dois princípios básicos: a lei do uso e desuso e a lei da herança dos caracteres adquiridos.

Segundo a lei do uso e desuso de Lamarck, as espécies apresentavam modificações em seus corpos como consequência do uso frequente de determinado órgão ou da falta de uso de uma estrutura. Ao usar bastante um órgão, por exemplo, ele tornar-se-ia mais forte e mais desenvolvido. Já os órgãos poucos utilizados caminhavam em direção à atrofia. Ainda segundo a teoria proposta por Lamarck, todas as características adquiridas durante a vida de um ser vivo eram transmitidas para seus descendentes.

Para explicar sua ideia, Lamarck utilizou um exemplo bastante conhecido: o pescoço da girafa. Segundo esse cientista, existiam girafas de pescoço curto inicialmente, mas elas, a fim de conseguirem alcançar alimentos em grandes alturas, começaram a esticar-se. Ao forçar o esticamento de forma intencional do pescoço, essa estrutura começou a apresentar-se cada vez maior. Essa característica foi então passada aos descendentes.

Lamarck, no entanto, estava equivocado em certos pontos de sua teoria, uma vez que o uso e o desuso não provocam modificações que podem ser passadas aos descendentes e as modificações adquiridas durante a vida não podem ser transmitidas. Apesar dos erros, Lamarck levantou um ponto bastante importante para a evolução: o meio influencia a evolução das espécies.

Depois de Lamarck, foi a teoria proposta por (1809-1882) que tentou explicar como a evolução de fato acontecia. Segundo Darwin, a evolução não acontecia em direção à complexidade, mas sim em razão de uma luta constante por sobrevivência, pois apenas os mais aptos sobreviviam e passavam suas características aos descendentes. Darwin nomeou esse processo de e considerou-o o principal mecanismo da evolução.

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