Alelos múltiplos ou polialelia

Sabemos que os genes são pedaços de DNA, e que organismos diploides sempre irão apresentar dois alelos de cada gene, sendo um proveniente do pai e outro da mãe. Assim, certos genes podem sofrer mutações ao longo do tempo, originando vários genes alelos. Por exemplo, se um gene se duplica, ele originará dois genes idênticos a ele. Se esses genes também se duplicarem, também produzirão genes idênticos. Mas, se houver uma mutação nesse gene , ele se modificará, podendo então ser chamado de . Esse gene modificado produzirá uma proteína diferente, talvez porque somente um aminoácido tenha sido trocado. O gene e o gene podem sofrer uma, duas, três ou várias mutações, originando uma série de múltiplos alelos que controlam o mesmo caráter. Dessa forma, podemos dizer que . Esse fenômeno também pode ser chamado de

Para entender melhor a poliaelia, citaremos a cor da pelagem dos coelhos, que é um exemplo clássico de alelos múltiplos.

O gene C determina a cor da pelagem como sendo castanho-acizentada (selvagem ou aguti). O gene cch determina a cor do pelo como sendo cinza-prateado (chinchila). O gene ch determina pelagem branca com as extremidades escuras (himalaio), e por último o gene c, que determina a pelagem branca (albina). O gene C que condiciona o pelo selvagem é dominante sobre os outros três alelos, e o gene cch, que condiciona o pelo chinchila, embora seja recessiva quanto ao gene C, é dominante sobre o gene ch e o gene c. O gene ch, para pelo himalaio é recessivo em relação ao gene C e gene cch, mas dominante sobre o gene c. O gene c, que condiciona o fenótipo albino é recessivo em relação aos três outros tipos de genes.

Domina os demais genes

CC ou Ccch ou Cch ou Cc

Domina himalaio e albino

cchcch ou cchch ou cchc

Recessivo em relação aos demais


 
A poliaelia é muito mais comum do que se possa imaginar. Para a cor do olho da mosca-da-banana existem alelos múltiplos que, quando se combinados dois a dois, originam várias tonalidades. Nos vegetais também é comum vermos o fenômeno da poliaelia, principalmente na autoesterilidade, o que não permite que haja autofecundação ou fecundação de indivíduos com padrão genético muito próximo.  Por exemplo, no tabaco o grão de pólen possui o alelo S1, que impede o crescimento nos carpelos de flores portadoras do mesmo gene. Dessa forma, esse grão de pólen só fecundará se o carpelo for S2S3, S3S4, etc.

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