Síndrome de HELLP

A Síndrome de HELLP é um problema que ocorre na e é responsável por um número considerável de mortes tanto maternas quanto perinatais. Essa síndrome, que é considerada por muitos especialistas como uma variante da , acomete uma ou duas mulheres a cada 1000 gestações.

Normalmente a síndrome de HELLP atinge mulheres que estão entre a 28ª e a 36ª semana de gestação. Essa síndrome ocorre em virtude de uma invasão trofoblástica que coloca em contato o tecido do feto com o sistema imunológico da mãe, ocasionando uma rejeição imunológica.

A doença apresenta três sinais laboratoriais clássicos: hemólise, aumento dos níveis de enzimas hepáticas e uma baixa contagem das plaquetas (plaquetopenia). Essa tríade deu nome à doença: H- hemolysis, EL- elevated liver e LP- low plateler count.

Os sintomas da síndrome de HELLP variam muito de paciente para paciente, mas normalmente são observados dor abdominal, dor epigástrica (sintoma mais frequente), náusea, vômitos, dores de cabeça, fadiga e mal-estar. Esses sintomas, por não serem muito específicos, são frequentemente confundidos com os sintomas da pré-eclâmpsia.

Para a realização do diagnóstico, são realizados alguns exames laboratoriais. Para que seja confirmada a doença, os exames devem acusar:

– Anemia hemolítica, constatada através de um esfregaço de sangue;

– Valor das plaquetas igual ou inferior a 100.000 células/µl;

– LDH igual ou superior a 600UI/l ou bilirrubina total igual ou superior a 1,2mg/dL;

– Concentração sérica de AST (aspartato aminotransferase) igual ou superior a 70 UI/l.

Feito o diagnóstico, é fundamental realiza exames para conhecer as condições em que se encontra o bebê e estabilizar o quadro da mãe. É importante inicialmente realizar manutenção da pressão arterial com o uso de medicamentos. Em caso de sangramento, valores da contagem de plaquetas muito baixos ou a necessidade de realização de cesariana, recomenda-se que seja feita transfusão de plaquetas.

O procedimento normal em caso de Síndrome de HELLP é a interrupção da gestação com a realização do parto. Entretanto, isso dependerá, principalmente, da idade gestacional. Em mulheres com 34 semanas ou mais, o parto é indicado. Em mulheres com idade gestacional inferior, recomenda-se utilizar corticoides para maturação pulmonar do feto e esperar pelo menos 48 horas. Vale destacar que o a ser realizado deverá ser analisado com o médico, que verificará as condições da mãe e do bebê. Esse tema ainda é motivo de debate entre os médicos.

O diagnóstico precoce é fundamental para o estabelecimento de um tratamento eficiente, evitando possíveis complicações. Dentre as complicações mais comuns da síndrome de HELLP, destacam-se a coagulação intravascular disseminada, descolamento da placenta, insuficiência renal aguda, hematoma subcapsular hepático, edema pulmonar e cerebral e falência múltipla dos órgãos. A ruptura hepática é um dos problemas mais importantes, uma vez que está relacionada com muitas mortes de mães e de bebês.

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