Seleção Natural
Darwin sugeriu que, na realidade, os organismos não eram imutáveis. Pequenas modificações surgiam a cada nova geração e algumas delas tornavam os seres vivos mais bem adaptados ao ambiente.
Um exemplo relatado pelo naturalista é a variação na forma do bico dos tentilhões, aves encontradas nas ilhas Galápagos.
*Ele concluiu que tais bicos eram resultado de um longo processo de evolução por seleção natural.*
Suas observações o levaram a concluir que a natureza, por meio das condições ambientais, seleciona os organismos mais adaptados. Na luta pela vida, esses organismos levam certa vantagem em razão de suas adaptações, sobrevivem por mais tempo, atingem a maturidade sexual e reproduzem, transferindo essas características aos seus descendentes. Ao longo do tempo, o acúmulo dessas pequenas diferenças e adaptações pode levar à formação de uma nova espécie. Darwin denominou esse processo de evolução, e de seleção natural o mecanismo que a torna possível.
Ao assumir que os seres vivos se modificam ao longo do tempo, a partir de espécies preexistentes, torna-se perfeitamente possível aceitar que um ancestral comum, bastante remoto, tenha sito o ponto de partida para a origem de todas as espécies. Assim, a classificação deveria refletir as relações de ancestralidade e descendência entre as várias espécies, a fim de permitir a compreensão do processo evolutivo.