Clonagem de espécies

A clonagem é um método artificial de reprodução que utiliza células somáticas, ou seja, as que formam os órgãos: os ossos, a pele, o músculo, em substituição às células sexuais masculinas e femininas (o óvulo e o espermatozoide).

Essa técnica surgiu por volta de 1938, quando um embriologista alemão, Hans Spermann, iniciou estudos e trabalhos transferindo o núcleo de uma célula diferenciada (com características e funções pré-definidas), em substituição ao núcleo da célula ovo ou zigoto.

No entanto, a primeira clonagem bem sucedida foi realizada em 1996, por um cientista escocês chamado Ian Wilmut. Sua experiência fundamentou-se na extração e manipulação do núcleo de células diploide (2N) de um organismo já em estágio avançado de desenvolvimento, para o interior de um óvulo.


O criador e a criatura.

No caso, o organismo experimentalmente utilizado foi um mamífero, especificamente uma ovelha com idade de seis anos, de onde foram retiradas células da glândula mamária.

Após processada a retirada do núcleo de uma célula contida na amostra, e inserindo esta substituindo o núcleo de uma célula reprodutiva da mesma espécie, foi então implantada no útero de outra ovelha.

Portanto, foram submetidas ao experimento três exemplares de ovelhas: a primeira forneceu o núcleo de uma célula somática, a segunda forneceu uma célula sexual sem núcleo e a terceira foi utilizada como organismo gestante.

A ovelha concebida, denominada Dolly, teve seu desenvolvimento conforme o esperado: nasceu, gerou descendentes férteis e morreu. Contudo, pesquisas posteriores revelaram que o processo de clonagem teria ocasionado o envelhecimento precoce da ovelha Dolly. Isso em razão do emprego de um núcleo contendo material genético “enfraquecido”, constituindo vários telómeros (cromossomos fragmentados).

Teoricamente, essa técnica pode ser aplicada na clonagem de seres humanos, porém bastante criticada e contestada pelo aspecto religioso e ético.

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