Classe myxine

A classe myxine faz parte da superclasse dos agnatos, animais vertebrados primitivos, desprovidos de mandíbula, com corpo cilíndrico alongado, esqueleto cartilaginoso pouco desenvolvido e notocorda presente na fase adulta. Os animais que fazem parte da classe myxine têm como principais representantes os peixes-bruxas ou peixes-feiticeiras. Apresentam pele lisa, desprovida de escamas, com uma ou duas nadadeiras, sendo uma no dorso e outra na cauda.

Também chamados de peixes ciclostomados por apresentarem boca circular, os peixes-bruxas têm coloração rosa-acinzentada, podendo medir até 1 metro de comprimento. São exclusivamente marinhos e podem ser encontrados enrolados e semienterrados no fundo dos oceanos. Quando se sentem ameaçados, os peixes-bruxas liberam um muco produzido por glândulas em sua pele, que os deixam escorregadios e causam verdadeiros nós em seu próprio corpo, o que permite que escapem de predadores.

Com aproximadamente 64 espécies catalogadas, os peixes-bruxas são animais cuja boca é dotada de estruturas cartilaginosas com dentículos que se projetam para fora na hora da captura do alimento. A dieta alimentar desse animal consiste em anelídeos poliquetos, peixes vivos, doentes ou mortos, nos quais penetra (pelas brânquias ou ânus) para comer as vísceras da vítima. Tentáculos curtos ao redor da boca do animal têm função sensorial. Além disso, o peixe-bruxa possui olfato, olhos bem desenvolvidos e ouvido interno com função de equilíbrio.

Os peixes-bruxas possuem de cinco a quinze pares de fendas branquiais, são animais monoicos, que apresentam fecundação cruzada, ovíparos e com desenvolvimento direto, ou seja, sem fase larval.

No Japão e na Coreia esses animais são conhecidos como enguias-de-couro, e são muito apreciados na culinária local, sendo que sua pele é utilizada na confecção de bolsas, sapatos, carteiras, etc., o que tem contribuído para o desaparecimento desses animais nos oceanos.

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