DNA

Assuntos antes desafiadores e talvez impossíveis de resolução, como determinação de paternidade ou a resolução de crimes, por exemplo, hoje apresentam um mecanismo que permite com certa facilidade finalizar os questionamentos – o exame de DNA. Atualmente, o nível de conhecimento e desenvolvimento do estudo do DNA atingiu um nível tão elevado que já é possível o diagnóstico e a determinação da possibilidade de certas doenças, antes mesmo dos primeiros sintomas.

O DNA é a estrutura que identifica os seres vivos e apresenta características próprias que permite, mesmo em indivíduos de uma mesma espécie, diferenciá-los. Assim, pessoas de uma mesma família, irmãos, por exemplo, apresentam diferenças físicas determinadas pela variação do DNA presente em cada indivíduo.

O DNA é a sigla que abrevia o termo ácido desoxirribonucleico (ADN, em português), que é a maior macromolécula celular, formado a partir da união de compostos químicos chamados nucleotídeos. O nucleotídeo é formado por 3 substâncias:

– Base nitrogenada, que pode ser adenina, guanina, timina ou citosina; sendo que estas bases são complementares, tendo no DNA os seguintes ligantes: Adenina–Timina e Guanina–Citosina.

– Um grupamento fosfato.

– Um glicídio do grupo das pentoses, que no caso do DNA é a desoxirribose.

Os nucleotídeos estão organizados através de ligações que permitem a formação de duas fitas torcidas unidas entre si por ligações de hidrogênio (pontes de hidrogênio) entre suas bases nitrogenadas, por isso costuma-se denominar a estrutura do DNA como sendo uma dupla hélice. Esse modelo estrutural do DNA foi apresentado em 1953, por Watson e Crick e valeu a eles o prêmio Nobel de medicina ou fisiologia em 1962.

O DNA constitui a formação de nossos genes, estruturas que representam nossas informações genéticas, aquilo que determina coisas como: o tipo de cabelo, estatura, cor da pele e da íris dos olhos, a velocidade de crescimento e etc. Recebemos esses genes de nossos pais e durante a reprodução passamos para nossos filhos, através dos gametas sexuais.

A atuação do DNA, durante nossa vida, ocorre através de sua expressão. Cada gene corresponde a uma região específica da molécula de DNA, determinando, de acordo com as sequências presentes naquela região, a produção de um RNA que enviará a mensagem para a produção de determinada proteína. Desta forma, temos a produção celular de substâncias como enzimas, anticorpos, hormônios e outras tantas substâncias fundamentais para nossa subsistência.

Apenas 3% dos genes são codificantes, ou seja, expressam algum RNA que leva à produção de proteínas, os outros 97% não codificantes ainda são uma incógnita e caracterizam mais um novo desafio para a biotecnologia.

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